ACIP valoriza a agricultura do município

 

A ACIP entrevistou alguns agricultores que falam sobre o potencial econômico do município. A proposta é valorizar o trabalhador rural e participar deste importante evento promovido na cidade: EXPAP – Exposição Agrícola de Piedade.

 

Piedade tem a maior produção de alcachofra do Brasil

Com aproximadamente 200 hectares de área plantada, Piedade tem a maior produção de alcachofra do Brasil. A informação é de um dos grandes produtores da iguaria no país, George Osaco, que cultiva o produto no município há 57 anos. Segundo ele, atualmente 15 famílias cultivam alcachofra em Piedade.  Para George, a agricultura é muito importante para o desenvolvimento da cidade. “A produção agrícola em geral é o que impulsiona economia do nosso município”, afirma. O produtor fala da importância de levar informação para o homem do campo. “A ACIP, a prefeitura e outras instituições têm que continuar oferecendo palestras para deixar os produtores informados sobre os assuntos do setor”, menciona. “Hoje, o agricultor tem que ser empresário. Não deve só conhecer a maneira adequada de realizar o plantio e colheita em sua lavoura, tem que aprender a negociar e vender o seu produto. Aquele que entra nesta área apenas pensando em ganhar dinheiro e não tem informação, acabando caindo do cavalo”, explica George. “Por tanto, é fundamental que todos as entidades possam dar continuidade a este trabalho, que contribui para o crescimento da nossa cidade”, afirma. 

 

Mercado favorável para cebola, afirma produtor

Um dos destaques da agricultura de Piedade é a cebola. O município já foi considerado a capital nacional do cultivo do legume. Dentre os inúmeros produtores piedadenses se encontra o agricultor Irineu Lemes, que planta cebola há mais de 45 anos e distribui para a Grande São Paulo.  O agricultor destaca a importância da agricultura para Piedade. “Ela é fundamental, pois é a base econômica do município. Se parar a produção, para também o comércio. O bom desempenho desse setor colabora para o bem de todos”, afirma o produtor, que tem sua plantação no Bairro dos Vieirinhas e conta com 11 funcionários.

Irineu planta cerca de 10 hectares de cebola por ano. Isso gera uma média de 400 toneladas do produto. “Esse ano, ao contrário de 2013 e 2014, tivemos um mercado favorável para a cebola, que se manteve numa alta de preço”, conclui o agricultor.

 

Repolho, cenoura, beterraba e batata são comercializados para as regiões sudeste, norte e nordeste

O solo fértil e o clima favorável colaboram para a diversidade do plantio de frutas, legumes e verduras em Piedade. Por conta disso, alguns produtores cultivam muitos itens. É o caso do agricultor Ivan Yamanaka, que planta cenoura, beterraba, repolho, batata e cebola na mesma roça. “Distribuímos nossos produtos em São Paulo, para o norte e para o nordeste”, ressalta Ivan.  No ramo há 12 anos, o agricultor ressalta o cultivo de repolho. “O repolho é o nosso forte. Produzimos uma média de 400 mil caixas por ano”, afirma. A plantação de Ivan, localizada a beira da represa de Itupararanga, possui uma extensão de aproximadamente 100 alqueires e conta com uma equipe de 25 funcionários, mas em época de safra pode chegar a 100.

 

Há 15 anos cultivando alho poró

No ramo há 15 anos, Joaquim Leite e o sobrinho Adriano Leite realizam o cultivo de alho poró, no Bairro dos Leites. O clima frio de Piedade colabora com o desenvolvimento da plantação. “Durante o ano, produzimos em média 60 mil dúzias de alho poró. No verão, além das altas temperaturas, existem muitas chuvas que danificam os produtos. Por isso, a melhor época para a produção é o inverno, onde temos um melhor aproveitamento das roças”, relata Joaquim.

Segundo os produtores, o mercado de Piedade é bom. “Aqui nós temos um mercado aquecido em relação ao comércio de alho poró. Temos muita estabilidade, pois os preços se mantém regulares durante o ano todo”, confirmam os agricultores, que mantém uma lavoura de dois hectares.

 

Piedade é um dos maiores produtores de morango do Estado de SP

Piedade tem se destacado como um dos maiores produtores de morango do estado de São Paulo. Diversos agricultores optam pelo cultivo da fruta no município. Dentre eles estão os irmãos Alécio Hamaguti e Carlos Hamaguti, sócios-proprietários de uma plantação de dois hectares de morango, localizada na estrada da Vila Élvio. Há mais de 30 anos no ramo, os irmãos comercializam o produto em Piedade, São Paulo e norte do país e geram 16 empregos diretos na lavoura. “A maior parte dos nossos funcionários é de Piedade. Isso faz circular dinheiro na cidade e movimenta o mercado, pois eles recebem e gastam aqui mesmo”, conta Carlos Hamaguti.  A média de produção da plantação dos Hamaguti é de 100 mil caixas de morango por ano. “Estamos localizados em uma região privilegiada. É por isso que existe essa variedade de produtos cultivados aqui. Além do solo fértil, o clima ajuda bastante”, afirma Carlos.

 

Tomate, pimentão e pepino cultivados em estufas

Colher produtos de qualidade e em grande quantidade é o objetivo de qualquer agricultor. Nos dias atuais, o produtor também deve estar atento a formas alternativas de cultivo para diminuir o impacto das plantações sobre o meio-ambiente. Localizada no Bairro do Caetezal, as estufas do agricultor Claudemir Lepre comprovam a eficiência de uma lavoura muito produtiva e ecológica. No ramo desde 2009, o produtor, que cultiva tomate, pimentão e pepino, ressalta as vantagens dos investimentos em tecnologia. “A agricultura aqui é de extrema importância, mas o que falta para os produtores de Piedade são investimentos em tecnologia. Apesar do custo inicial, ela proporciona grande aumento na produtividade da lavoura. Isso faz com que o investimento volte em retorno rapidamente”, destaca Claudemir, que também é físico e responsável pelos projetos no local. Além da produção, a preocupação é com o meio-ambiente. “Meu sítio é todo automático. Temos um sistema de captação de água das chuvas que caem em uma bacia planejada. A água é absorvida pelo solo de forma natural e chega até as nascentes, dobrando a capacidade delas. Isso abastece meu sítio e os vizinhos do bairro”, afirma. “Para diminuir os gastos com água, usamos a técnica do gotejamento, que gasta 25% do que gastaria com o método de irrigação por aspersão”, declara.

Outro diferencial do local são as portas programadas, o sistema de adubo canalizado e as cortinas das estufas, que garantem o controle da temperatura da roça.  Claudemir produz cerca de 135 toneladas por safra e conta com uma equipe de 5 funcionários.

 

Flora Fujimaki gera cerca de 100 empregos

Piedade também produz flores em larga escala. Localizada no km 108,5 da Rodovia SP-250, a Flora Fujimaki é um dos destaques do município. Há 20 anos no ramo, Mareo Fujimaki, proprietário da flora, fala sobre o impacto econômico da empresa para Piedade. “Geramos 96 empregos diretos e procuramos comprar sempre no comércio local. Isso, com certeza, movimenta a economia da cidade”, afirma o empresário.

Com uma área de mais de 80000 metros de estufa, a Flora Fujimaki produz em média 35 mil vasos de flores por semana. “Trabalhamos com o cultivo de flores do tipo begônia de diversas cores. Os produtos são vendidos na cidade de Holambra, capital das flores”, conclui Mareo.

 

Produtor cultiva seis alqueires de Yakon

Yakon é um tubérculo de origem peruana. Apesar de ter sido descoberto nas cordilheiras dos Andes, o Yakon chegou a Piedade importado do Japão. Com uma extensão de seis alqueires, localizada no bairro dos Prestes, a roça do agricultor Donizete Prestes é a grande produtora de Yakon no município.

De acordo com José Anésio, técnico em Agricultura da Prefeitura de Piedade, a horta é a maior produtora de Yakon do Brasil. “Essa roça, de acordo com um cálculo de média anual, produz mais de 500 toneladas do produto”, afirma. A produção de Yakon é mais um destaque na agricultura piedadense. “O clima dessa região é favorável ao cultivo do tubérculo, pois estamos a uma altitude de 1000 metros. O frio contribui para a produção. É possível colher Yakon o ano todo”, conclui José Anésio.